PERDA DE PESO EM ATLETAS DE MMA
Um assunto bastante discutido e muito comum na vida do atleta de esportes de combate, na busca de um melhor rendimento nas lutas, é a perda de peso. Para isso, devemos identificar o perfil de cada indivíduo, suas características, nível técnico e objetivos. O iniciante, ou apenas lutador praticante, sem nenhum objetivo de performance, tem uma necessidade bastante diferente da de um atleta de alto rendimento. Mudam intensidade, frequência de treinamentos e, principalmente, o planejamento de preparação física com dias e horários pré-determinados. E mais: a obrigação de respeitar os limites de peso de cada categoria.
Ao avaliarmos a composição corporal de uma pessoa, podemos dividir em dois “compartimentos”: massa magra e massa gorda. A massa gorda corresponde à quantidade de gordura existente, podendo variar devido ao nível de condicionamento físico, período de treinamento e, principalmente, na diferença entre homens e mulheres.
Já a massa magra deve ser analisada e sub-dividida em mais três itens: ossos, músculos e tecido residual (vísceras/órgãos). Com esta análise, podemos diferenciar cada indivíduo, permitindo o direcionamento individualizado para cada objetivo do praticante.
Esta avaliação e quantificação de cada “compartimento” nos mostra que, com treinamento qualificado e alimentação adequada, temos condições de alterar apenas a quantidade de gordura corporal (quando encontrada em valores elevados) e a massa muscular.
O músculo é composto por 70%, até 75% de água, e, nestas proporções, será feita uma análise para uma desidratação (quando necessária) com qualidade. Um procedimento saudável que não compromete a performance do atleta, já que o mesmo será submetido a um esforço intenso no período de 24 horas após sua pesagem. O cuidado com a desidratação é fundamental, e a má reposição comprometerá seu rendimento. Não é a quantidade do peso corporal reposto que faz a diferença no desempenho de um atleta de alto rendimento, mas, sim, a qualidade de reposição.
Em vários esportes, a perda de peso é comum e, normalmente, é monitorada durante o evento. No caso do futebol é comum atletas perderem de três a seis quilos durante uma partida, e esta perda é reposta rapidamente através de uma reidratação adequada. Um dia após a partida, os atletas se encontram com o peso corporal dentro dos valores normais. Vale, então, lembrar que para um atleta de esportes de combate, que vemos a diminuição de 10, 15 ou 20 quilos para uma luta, este peso inicial é calculado quando o mesmo estava sem treinamento, com quantidade de gordura corporal bastante elevada, além de estar bem hidratado.
Passada esta primeira fase de início de treinamento, iremos encontrar atletas melhores condicionados e com peso corporal adequados para treinamentos mais intensos, onde a alimentação ideal, juntamente às sessões de treinamento equilibradas em intensidade, farão com que os atletas alcancem uma composição corporal prevista e valores de gordura no corpo mais baixos e ainda bem hidratados. Somente no período final (uma semana em média antes da luta) o atleta começa uma dieta mais rigorosa e diminui a intensidade dos treinamentos, buscando atingir, gradativamente, o peso para a competição por meio de uma restrição maior em hidratação nos últimos dias.
Após a pesagem, a preocupação é repor gradativamente o líquido perdido e, principalmente, em uma quantidade e qualidade certas, devolvendo a energia ideal para o lutador repor os estoques armazenados no músculo, que serão, mais tarde, utilizados com eficiência no momento exigido.
Portanto, a qualidade do trabalho como um todo (treinamentos técnicos da modalidade, alimentação adequada e preparação física) sempre dependerá de um acompanhamento de profissionais qualificados para um bom desempenho desportivo e segurança.
* Cláudio Pavanelli é Fisiologista do Exercício, Preparador Físico e proprietário da BEone
Ao avaliarmos a composição corporal de uma pessoa, podemos dividir em dois “compartimentos”: massa magra e massa gorda. A massa gorda corresponde à quantidade de gordura existente, podendo variar devido ao nível de condicionamento físico, período de treinamento e, principalmente, na diferença entre homens e mulheres.
Já a massa magra deve ser analisada e sub-dividida em mais três itens: ossos, músculos e tecido residual (vísceras/órgãos). Com esta análise, podemos diferenciar cada indivíduo, permitindo o direcionamento individualizado para cada objetivo do praticante.
Esta avaliação e quantificação de cada “compartimento” nos mostra que, com treinamento qualificado e alimentação adequada, temos condições de alterar apenas a quantidade de gordura corporal (quando encontrada em valores elevados) e a massa muscular.
O músculo é composto por 70%, até 75% de água, e, nestas proporções, será feita uma análise para uma desidratação (quando necessária) com qualidade. Um procedimento saudável que não compromete a performance do atleta, já que o mesmo será submetido a um esforço intenso no período de 24 horas após sua pesagem. O cuidado com a desidratação é fundamental, e a má reposição comprometerá seu rendimento. Não é a quantidade do peso corporal reposto que faz a diferença no desempenho de um atleta de alto rendimento, mas, sim, a qualidade de reposição.
Em vários esportes, a perda de peso é comum e, normalmente, é monitorada durante o evento. No caso do futebol é comum atletas perderem de três a seis quilos durante uma partida, e esta perda é reposta rapidamente através de uma reidratação adequada. Um dia após a partida, os atletas se encontram com o peso corporal dentro dos valores normais. Vale, então, lembrar que para um atleta de esportes de combate, que vemos a diminuição de 10, 15 ou 20 quilos para uma luta, este peso inicial é calculado quando o mesmo estava sem treinamento, com quantidade de gordura corporal bastante elevada, além de estar bem hidratado.
Passada esta primeira fase de início de treinamento, iremos encontrar atletas melhores condicionados e com peso corporal adequados para treinamentos mais intensos, onde a alimentação ideal, juntamente às sessões de treinamento equilibradas em intensidade, farão com que os atletas alcancem uma composição corporal prevista e valores de gordura no corpo mais baixos e ainda bem hidratados. Somente no período final (uma semana em média antes da luta) o atleta começa uma dieta mais rigorosa e diminui a intensidade dos treinamentos, buscando atingir, gradativamente, o peso para a competição por meio de uma restrição maior em hidratação nos últimos dias.
Após a pesagem, a preocupação é repor gradativamente o líquido perdido e, principalmente, em uma quantidade e qualidade certas, devolvendo a energia ideal para o lutador repor os estoques armazenados no músculo, que serão, mais tarde, utilizados com eficiência no momento exigido.
Portanto, a qualidade do trabalho como um todo (treinamentos técnicos da modalidade, alimentação adequada e preparação física) sempre dependerá de um acompanhamento de profissionais qualificados para um bom desempenho desportivo e segurança.
* Cláudio Pavanelli é Fisiologista do Exercício, Preparador Físico e proprietário da BEone