FILME GAIOLA DA MORTE:
A INCURSÃO BRASILEIRA NO MUNDO DO KICKBOXER NOS ANOS 90
Se você viveu a adolescência no final dos anos 1980, certamente se lembra da febre das videolocadoras no Brasil e da onda de filmes com "kickboxer" no título, impulsionada pelo sucesso de "Kickboxer – O Desafio do Dragão" estrelado por Jean Claude Van Damme. Essa tendência levou até mesmo a filmes que pouco tinham a ver com o tema, como "O Grande Kickboxer Americano – A Aniquilação dos Ninjas" e "Um Kickboxer Muito Louco". No entanto, o que poucos recordam é que o Brasil também tentou entrar nessa onda com o obscuro "A Gaiola da Morte" (1992).
A mente por trás desse projeto foi Fauzi Mansur, conhecido por suas produções na Boca do Lixo, que, diante da decadência do cenário cinematográfico, buscou sobrevivência explorando diferentes gêneros. Depois de incursões no cinema adulto e em filmes de terror, Mansur decidiu apostar no filão das artes marciais, produzindo um filme de pancadaria.
Para o papel principal, escolheu Paulo Zorello, tricampeão mundial de kickboxing pela WAKO na época. Embora não tenha a fama de atletas contemporâneos como Anderson Silva, Zorello era respeitado no meio das artes marciais. Seu desempenho como ator em "A Gaiola da Morte" pode ser questionável, mas sua habilidade nas lutas é inegável.
O enredo do filme é simples: o vilão Professor Yago sequestra lutadores de todo o Brasil para participarem de lutas mortais em uma gaiola, gravando os combates para lucrar vendendo cópias no mercado negro. Uma mulher desesperada, interpretada por Claudia Abujamra, pede a ajuda de Zorello para descobrir o paradeiro de seu irmão, vítima do Professor Yago.
Curiosamente, a trama é um plágio descarado de "O Rei dos Kickboxers" (1990), substituindo um policial por um lutador de kickboxing. Isso evidencia a tentativa de transformar Zorello em uma espécie de Van Damme brasileiro.
Apesar dos cenários simples e dos efeitos sonoros exagerados, "A Gaiola da Morte" entrega nas cenas de ação. Zorello, mesmo sem experiência como ator, demonstra habilidade nas lutas, proporcionando momentos intensos e surpreendentes, especialmente nos últimos 30 minutos do filme.
Infelizmente, "A Gaiola da Morte" foi praticamente esquecido, com um lançamento limitado e uma obscura distribuição em VHS pela Key Art nos anos 1990. A falta de disponibilidade em DVD contribuiu para sua relativa obscuridade, mas uma versão completa está disponível no YouTube, preservando um pedaço da ousadia do cinema nacional em uma época de recursos limitados. É uma relíquia que vale a pena ser revisitada como um registro corajoso de uma era em que o cinema brasileiro se aventurava em novos territórios, mesmo que com orçamento reduzido.
A mente por trás desse projeto foi Fauzi Mansur, conhecido por suas produções na Boca do Lixo, que, diante da decadência do cenário cinematográfico, buscou sobrevivência explorando diferentes gêneros. Depois de incursões no cinema adulto e em filmes de terror, Mansur decidiu apostar no filão das artes marciais, produzindo um filme de pancadaria.
Para o papel principal, escolheu Paulo Zorello, tricampeão mundial de kickboxing pela WAKO na época. Embora não tenha a fama de atletas contemporâneos como Anderson Silva, Zorello era respeitado no meio das artes marciais. Seu desempenho como ator em "A Gaiola da Morte" pode ser questionável, mas sua habilidade nas lutas é inegável.
O enredo do filme é simples: o vilão Professor Yago sequestra lutadores de todo o Brasil para participarem de lutas mortais em uma gaiola, gravando os combates para lucrar vendendo cópias no mercado negro. Uma mulher desesperada, interpretada por Claudia Abujamra, pede a ajuda de Zorello para descobrir o paradeiro de seu irmão, vítima do Professor Yago.
Curiosamente, a trama é um plágio descarado de "O Rei dos Kickboxers" (1990), substituindo um policial por um lutador de kickboxing. Isso evidencia a tentativa de transformar Zorello em uma espécie de Van Damme brasileiro.
Apesar dos cenários simples e dos efeitos sonoros exagerados, "A Gaiola da Morte" entrega nas cenas de ação. Zorello, mesmo sem experiência como ator, demonstra habilidade nas lutas, proporcionando momentos intensos e surpreendentes, especialmente nos últimos 30 minutos do filme.
Infelizmente, "A Gaiola da Morte" foi praticamente esquecido, com um lançamento limitado e uma obscura distribuição em VHS pela Key Art nos anos 1990. A falta de disponibilidade em DVD contribuiu para sua relativa obscuridade, mas uma versão completa está disponível no YouTube, preservando um pedaço da ousadia do cinema nacional em uma época de recursos limitados. É uma relíquia que vale a pena ser revisitada como um registro corajoso de uma era em que o cinema brasileiro se aventurava em novos territórios, mesmo que com orçamento reduzido.